sábado, 7 de abril de 2012

Tributando na Contemplação


Sl.29.1
Tributai
ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força.
29.2
Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da
santidade.
Os dois primeiros versos do Salmo 29
são uma convocação à adoração. Tributar ao Senhor significa atribuir, ou dar o
que lhe é devido. Assim, devemos considerar o "tributai" como uma dívida que
jamais teremos condições de pagar. Nem anjos nem homens são capazes de atribuir
plenamente ao Senhor tudo o que lhe é devido, mas devemos reconhecer que toda
glória e todo poder pertence a Ele. No mundo dos negócios (business) quando não
temos como pagar uma dívida declaramos falência completa. Isso parece
desanimador: Temos uma dívida e jamais conseguiremos pagar. Mas o que parece
desanimador na verdade é uma resposta a grande pergunta existencial que
atravessa os séculos: Porque existimos, porque estamos aqui, ou ainda, como
expressa a primeira pergunta do Catecismo de Westminster¹: Qual é o fim
principal do homem ? Fomos criados para glorificar (tributar) ao Senhor e ter
prazer nEle para sempre.
"Senhor, fizeste-nos para Ti, e
inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em
Ti" Agostinho.
Portanto,
encontramos satisfação quando assumimos a dívida, tributando ao "Senhor a glória
devida ao seu nome" com tudo o que temos e somos. (1Cr.29.14)
O que é
contemplar?
Segundo o
dicionário de língua portuguesa contemplar é olhar atentamente, embevecidamente
e demoradamente; admirar, apreciar: contemplar as estrelas no céu. Meditar em,
refletir. Levar em consideração.
O salmo 19
abarca com precisão o conceito bíblico de contemplação, pois junta a observação
da criação (1-6)
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento
anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela
conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se
ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas
palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como
noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu
caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso;
e nada refoge ao seu calor.
mostra a
grandeza de Deus e a riqueza da sua Revelação (7-10)
A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o
testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do
SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os
olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR
são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro,
mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos
favos.
e como
essa revelação atinge o homem em sua pecaminosidade (11-13)
Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os
guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas?
Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que
ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande
transgressão.
e termina com a manifestação de um homem admoestado pela
Palavra, desejando que a sua contemplação seja um tributo ao Senhor
(14)
As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração
sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor
meu!
Se depois de todos esses textos você ainda acha que
precisa de uma razão para tributar ao Senhor na contemplação, eis aqui uma boa
razão:
“TRIBUTANDO
NA CONTEMPLAÇÃO SOMOS TRANSFORMADOS”
E não é uma transformação qualquer. Veja o que Paulo diz
em 2Co 3.18:
E todos nós,
com o rosto desvendado, contemplando, como por
espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória
em glória, na sua
própria imagem, como pelo
Senhor, o Espírito.
Esse
é, sem dúvida o grande ideal cristão: se conformar a imagem do Senhor Jesus
Cristo.
Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. Rm 8.29
Cada um sabe o que precisa fazer, o que precisa vencer
em sua vida e em seus hábitos, o que precisa adquirir e o que precisa renunciar
para tributar ao Senhor aproximando-se da estatura perfeita
nEle.
Que o Senhor nos incomode esse ano e sempre com esse
desafio.
Porque
dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cadê o pecado que estava aqui?







Nos últimos dias uma pergunta irritante tem me perseguido: o que aconteceu com o pecado?
Ou o povo anda muito santo... ou foi o pecado que fez as malas e foi embora! Também, com tanto apóstolo, bispo, herói, mulher maravilha, campeão, vitorioso, vice-Deus... O pecado deve estar com vergonha dos crentes.
Outra pergunta igualmente irritante insiste em me atormentar: se ninguém mais peca, o que fazemos com Cristo? E a cruz? A quem ela confronta? Pra quê, afinal, olhar para o sacrifício da cruz?Aliás, se ninguém mais peca, o que a gente anda fazendo na igreja com aquelas orações todas, aqueles cânticos e aquele livro... a Bíblia (lembra?)
Está se fortalecendo na mentalidade gospel um novo pecado: menos nocivo, menos fedido, menos feio, menos agressivo. Mais light, mais flex, mais clean. Mais dissimulado, mais perigoso, mais nojento, mais anti-Deus. É o ateísmo do coração: "Diz o tolo em seu coração: não há Deus" (Sl. 14). Esse novo pecado é a marca do velho homem.
Essa nova igreja - sem pecado - mas com muito dinheiro, acha que pode comprar o céu, atingir a Majestade nas alturas com seus gritinhos frenéticos de "tome posse!" Uma igreja cheia de gente, mas vazia de Deus. Uma igreja, como disse John Stott numa entrevista recente, "com 5 mil quilômetros de extensão, por 5 centímetros de profundidade". Igreja da facilidade, casa da neurose, ambiente de paixões efêmeras.
Meu amigo leitor desse espaço perigoso: pecado ainda é pecado e só sai pela boca! É confessando - e deixando - que a gente alcança misericórdia (Pv. 28. 13). O pecado ainda fere, arrasa, adultera, desconfigura, bestializa, violenta a pureza. Ainda machuca o coração de Deus. Mas, como o apóstolo Paulo mesmo bradou: "... Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça" (Rm. 5. 20).
Como dizia Lutero: "Não tenho nenhum outro nome: Pecador é meu nome, Pecador é meu sobrenome".

Até mais... pecador
Alan Brizotti, o principal

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma lição na igreja de Éfeso (Ap. 2. 2-4)




Sempre que lemos sobre a Igreja de Éfeso, estamos em contato com a atmosfera abençoada do Primeiro Amor. Aqui há uma forte lição: a Igreja não é lugar para os “profissionais da fé”, é lugar para quem quer desenvolver o Primeiro Amor.
A Igreja de Éfeso era uma Igreja que trabalhava. Uma Igreja que vivia a ética, sabia distinguir entre o certo e o errado. Com habilidade teológica e doutrinária para reconhecer os falsos apóstolos.
Era uma Igreja perseverante, fiel, constante, uma boa Igreja... Entretanto, esqueceu o Primeiro Amor. Ela não tinha abandonado o amor a Cristo, mas tinha abandonado o Primeiro Amor.
Era uma comunidade cristã vivendo como alguns casamentos que já duram vinte, trinta anos. O casal ainda se ama, mas não mais com a mesma intensidade. A Igreja de Éfeso amava a Deus, mas não mais como o amou um dia. O Primeiro Amor é sensível, espontâneo, apaixonado e apaixonante. Corre mais riscos. Preocupa-se mais com o outro. Lança-se completamente ao outro. É menos cínico mais companheiro. Está sempre dando sem pedir nada em troca. É belo, encanta-se com o que é simples. Guarda num corpo pequeno um coração gigante, capaz de abraçar o universo. É generoso e leal. É uma chamada à vida plena. Tudo que esse amor faz é em nome do bem-estar do ser amado.
A Igreja de Éfeso tinha se tornado mais vigorosa; menos espontânea; mais eficiente; menos natural; mais crítica menos generosa, fazia tudo direito, mas não mais movida pelo amor. Precisamos compreender que o ativismo não substitui o amor. Martin Lloyd-Jones disse que “o ativismo é um homem girando em torno de si próprio”.
A grande lição da Igreja de Éfeso é de que precisamos resgatar o Primeiro Amor. Sem ele, nos tornamos frios, idealistas rígidos, matemáticos calculistas, perfeccionistas rasos. Permanecemos cristãos, mas o que nos motiva não é mais o amor, mas os deveres. É preciso resgatar o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Sem amor não há espiritualidade.
“Enquanto a obediência é a justiça em relação a Deus, o amor é a justiça em relação aos outros”. A. Plummer

Até mais...

Alan Brizotti


retirado do blog

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Atitudes de Águia




Sabe aqueles momentos dolorosos em que parece que todos querem lhe tirar o sangue e os sacrifícios são tantos que parecem insuportáveis?
Geralmente nestes momentos, quando parece que não iremos mais aguentar começamos a nos perguntar sobre o porquê de tanto sofrimento, ou o porquê de tantas dificuldades.
Se você já passou ou está passando por estas perguntas, vou responder a essa pergunta com outra pergunta:
Você sabe porque a águia é considerada um animal nobre e símbolo de sucesso?
A águia é uma ave que está sempre voando em altas altitudes, nunca se viu uma águia rastejando no solo, com visão privilegiada é uma caçadora nata e sempre ataca sua presa num voo rápido e certeiro em alta velocidade. Quando vai caçar a águia desce imensas alturas em um voo rasante de alta velocidade e apesar disso nunca erra seu alvo. Ela não se contenta em comer restos e muito menos em procurar seu alimento varrendo o chão. A águia caça alimento vivo e fresco com a precisão de um míssil. Possui visão aguçada e garras afiadas para ir à busca do que quiser comer.
A águia é um dos animais que possuem mais longevidade, sua vida média é de aproximadamente 70 anos, porém, até para morrer a águia se porta com nobreza, pois jamais se viu um cadáver dessa ave no chão. Quando ela percebe que chegou o seu fim, ela voa o mais alto que pode, procura o pico mais alto que possa alcançar e lá fica até morrer.
Por isso essa ave sempre é associada com imagens de líderes vencedores e campeões. Todos querem ser águias, todos se impressionam com a nobreza, o porte e a beleza dessa caçadora vencedora.
Mas o quê poucos sabem, é que a águia quando atinge a metade de sua vida tem que tomar uma decisão muito difícil, algo que poucos seres vivos estariam dispostos a fazer.
Por volta dos 35 anos de idade suas penas se tornam pesadas pela gordura do seu corpo, suas garras começam a ficar fracas e seu bico pouco afiado.Então a águia é obrigada a tomar a decisão mais difícil de sua vida: ou ela para de voar, se sujeita a ser uma simples ave que vive no chão, alimentando-se de restos, migalhas, lixo, e morre, ou ela passa pelo processo que somente as outras “águias” suportaram passar.
A difícil decisão então é tomada e ela se retira para um lugar bem alto e lá ela própria passa a arrancar todas as suas penas, em seguida ela arranca sua unhas e depois passa a bater com seu bico em uma pedra até que ele também caia.
Esse processo de auto sacrifício é extremamente solitário e requer muita coragem da águia pois lhe gera muito sofrimento, porém, após algumas semanas de dor, novas penas nascem, garras novas e mais afiadas novamente crescem e também o seu bico se regenera tornando-se mais afiado do que nunca para a caça.
Depois de alguns meses de dor, é assim que a águia novamente ressurge pronta para mais 35 anos de caçadas, de voos altas, totalmente altiva, livre e independente, apta a viver somente em grandes altitudes e a ser um dos animais de maior porte de nobreza na natureza, símbolo de sucesso, de poder e de respeito.
A história da águia serve para mostrar que muitas pessoas admiram e invejam líderes e vencedores que alcançam altos postos, alcançam grandes realizações, grandes sucessos na sua vida pessoal ou profissional, todos querem ser como as pessoas que se destacam no mundo dos esportes, no mundo das artes, no mundo dos negócios, e todas as demais esferas da vida humana.
Todos querem ser águias, mas poucos têm a coragem e a ousadia de pensarem como águias, de tomarem a decisão de águias e de se sacrificarem como águias.
Então, se por causa de seus sonhos, ou de um ideal, ou de um projeto, você está passando por situações que parece que não vai suportar, se está passando por momentos dolorosos em que parece que estão lhe arrancando as penas, as garras, o seu sangue ... Se está solitário e isolado ... Se isto está lhe acontecendo, é porque você é ÁGUIA, e está passando pelo sacrifício da águia.
Isso significa que você nasceu pra ser grande, você nasceu pra ser vencedor e pra fazer a diferença, então suporte o “sacrifício da águia” altivo, de cabeça erguida, com coragem, porte-se como águia e não desista de seus sonhos, provavelmente você está prestes a voar muito alto, como só as ÁGUIAS podem fazer!
Porém as pessoas perguntam por que algumas pessoas têm sucesso e outras não, embora todos queiram alcançar seus objetivos.
Utilizei a história da águia para mostrar que a grande realidade é que poucos têm conseguido realizar seus sonhos, pois a maioria faz o que todo mundo faz e apenas uma minoria procura fazer o sacrifício necessário para ser grande e voar alto. Fazer sacrifícios geralmente é interpretado como algo doloroso demais e uma grande loucura ou perda de tempo para a maioria das pessoas, porém é um processo de aprendizado e aperfeiçoamento que todos os grandes entre os grandes costumam suportar. Observe que a águia não voa em bandos e não faz o quê a maioria dos animais faz. A águia voa sozinha, tem qualidades, resultados e vantagens que mais nenhum animal tem, mas paga o preço necessário para isso.
Por isso é que poucos têm conseguido realizar seus sonhos “grandes” pois a maioria faz o que todo mundo faz e apenas uma minoria aceita fazer o “sacrifício da águia” para ser grande e voar alto. Fazer sacrifícios geralmente é interpretado como algo doloroso demais e uma grande loucura ou perda de tempo para a maioria das pessoas, porém é um processo de aprendizado e aperfeiçoamento que todos os grandes entre os grandes costumam suportar.
Se isto está lhe acontecendo, Desconfie .... Provavelmente você é ÁGUIA, então porte-se como águia e voe muito alto como só as ÁGUIAS podem fazer!
Tenha um Bom Dia HOJE

Por Andréia Damasceno


RETIRADO DO BLOG

Quais os planos de Deus para nós? Como saber?




Quais os planos de Deus para nós? Como saber?A natureza humana tende a prevalecer sobre o homem espiritual e Consequentemente limitamos a Deus. Sua visão geralmente não corresponde a visão de Deus para ele, assim suas atitudes estão baseadas a sua visão e pensamentos bem menores que os de Deus. Sobre isso Deus nos disse:
Efésios 3,20 “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” .
Assim a tendência é sempre fazermos do nosso jeito...que seja cômodo, prazeroso e momentâneo, ou seja; algo que nos satisfaz e que aparentemente é bom. Neste momento que temos que exercitar a fé consciente, analisar a o fator emoção (prazer da alma) x razão (fé inteligente).
Quando estamos vivendo os sonhos `Planos`de Deus para nossas vidas, somos felizes. Ele nos surpreender em tudo, nas pequenas e nas grandes coisas...e principalmente nos detalhes que fazem toda a diferença em nossa vida; Deus cuida de coisas que nem passam em nossa mente e coração.
Viver os planos de Deus é viver na fé, é sacrificar nosso eu diariamente. A respeito disso o Senhor Jesus nos ensinou; sacrifício diário, sacrificar nossas emoções e todas as coisas que atrapalham nossa intimidade com Deus.
Quando vivemos intercalando entre a emoção e fé ficamos perdidos, ora queremos uma coisa ora queremos outra. Ficamos sem força e direção, sem saber o que fazer ou como agir diante das circunstâncias. Ai vem a pergunta mas o que Deus quer de mim, qual é os Seus planos ou sua vontade para mim.
Bem para saber basta nos atermos em sua palavra. Neemias 8,10 “ A Alegria do Senhor é a nossa força”
Sabemos que sem fé é impossível Agradar a Deus; logo entendemos que a vontade de Deus em nós produz: certeza, alegria e força...tornando nossa caminhada feliz. A distância entre nossos sonhos (desejos do nosso coração) e a realização deles, torna-se prazerosa e nos dá estrutura espiritual para estarmos aqui e manter-mos nossa vida com Deus.
Se a pessoa anda sem forças significa dizer que o intento de seu coração e pensamentos não estão correspondendo a vontade de Deus para ela...o correto seria a pessoa parar, falar com Deus e entregar sua vida ao Senhor Jesus em 100%. A partir daí Ele revela a vontade e sonhos d´Ele para nós, e a força e alegria serão constantes até o fim.

Por Marina Fernandes

RETIRADO DO BLOG

http://intimidadedeus.blogspot.com/2010/12/quais-os-plano-de-deus-para-nos-como.html#comment-form

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Davi e o envelhecer: guerreiros não duram para sempre


Alan Brizotti


As pessoas quando envelhecem tendem a ser desumanizadas pela sociedade. É o caso de artistas, celebridades, executivos, líderes eclesiásticos. Confunde-se a vocação com a pessoa. Muitos líderes eclesiásticos são descartados quando a idade chega. Ignorados e esquecidos, sofrem de uma solidão ministerial absurda que os leva a questionar até mesmo se valeu à pena ter lutado tanto.
O choque de gerações acirra ainda mais essa crise. Muitos “meninos” que ainda não andaram sequer a primeira milha se julgam superiores a tudo e a todos. Millôr Fernandes, no álbum do fotógrafo gaúcho Robinson Achutti, escreveu:
“Qualquer idiota pode ser jovem. Em poucos anos se consegue isso. Mas caras jovens são fotograficamente aflitivas. Não têm biografia. Chapas sem emulsão. Lisas. Pois é preciso muito tempo para envelhecer. E muito talento. O supremo talento da sobrevivência” .
Davi também passou por isso, e pode nos ensinar muito. Observemos dois textos de dois momentos diferentes da vida de Davi: Em I Samuel 18.7, o guerreiro – e jovem – Davi é celebrado nas canções: “As mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares”. Em II Samuel 21.16 e 17, o velho Davi está em mais uma das muitas guerras contra os filisteus e quase é assassinado:
“E Isbi-Benobe, que era dos filhos do gigante, cuja lança de bronze pesava trezentos siclos, e que cingia uma espada nova, intentou matar a Davi. Porém Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu o filisteu e o matou. Então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel”.
Fico imaginando como deve ter sido difícil para Davi. A dor do velho guerreiro. Não mais o cabelo vermelho, os músculos; agora, a face enrugada, a pele flácida, o cabelo branco denunciam que o guerreiro se foi. Mas o que era para ser frustração, vira excelência (Sl. 92. 12-14). Surge um Davi melhor! Um cantor com muito mais experiência. Ele não era só mais um guerreiro – ele era a “lâmpada de Israel” . Os salmos mantinham a lâmpada acesa.
Nosso problema no século XXI é que ainda buscamos os guerreiros e não as lâmpadas. Deus procura por pessoas que não deixem sua luz se apagar. Pessoas que saibam, como dizia um pensador antigo, que “se a chama que está em ti se apagar, as pessoas ao teu lado morrerão de frio” . Minha oração é para que as gerações mais novas não se percam na escuridão pós-moderna, pois as lâmpadas ainda estão acesas!
Davi é isso! Simplesmente fascinante. Nenhum personagem bíblico causa tanto impacto em nós quanto ele. Davi não é descrito operando grandes milagres como Moisés e Elias não têm a fé de Abraão, muito menos a famosa paciência de Jó. Ele não tem a teologia elaborada de um Paulo, não conhece os mistérios como Daniel. Davi é exatamente como Deus queria que ele fosse. Por isso ele fascina tanto. Por isso sua história não envelhece. Davi é nosso. Nosso irmão de caminhada. Quando peco, e a crise me invade, Davi é meu confidente, companheiro e amigo. Quando preciso de conselhos, sei a quem escutar. Quando o coração se aflige, há sempre um salmo de Davi por perto .

Retirado do blog Genizah

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O valor de uma amizade.



Que importância e que valor hoje tem a amizade?
Quantos hoje, não valorizam as amizades, muitas vezes olham para dentro de si mesmo e esquecem que nem tudo é como pensamos ou queremos

Acredito que ser amigo é ser companheiro,
é dar o ombro pra chorar quando precisar,
é compreender a dor do outro como se fosse sua, chorar junto, sofrer junto;
É ouvir o desabafo angustiado, algumas vezes em silêncio sem questionar,
é falar a verdade quando necessário
é ser alguém em quem se possa confiar.


Não estou falando de uma amizade onde há sempre interesse, enganos e mentiras que prejudica a vida de outras pessoas; estou falando de uma amizade verdadeira onde existe razão, emoção e sentimento.

Gosto muito do relato bíblico no livro de 1 Samuel que conta a história de Jônathas e Davi amizade verdadeira em tempos de guerra.

Jônathas mesmo amando e respeitando seu pai Saul, a ponto de morrerem juntos lutando pelos mesmos interesses não deixou Davi morrer nas mãos de seu pai, mesmo que isto lhe custasse o trono, a única coisa que lhe importava era o bem estar de seu amigo, afinal Davi não tinha culpa da inveja que saul sentia dele.

É interessante que em certo momento Jônathas questiona se o que Davi estava falando a respeito de seu pai era mesmo verdade (1 sm 20. 2, 3) e buscou provas a respeito do que Davi falava (1 sm 20. 33,34) quando ele percebeu que era verdade se entristeceu muito e não teve dúvidas em nenhum momento de livrar seu amigo das mãos de Saul e choraram juntos (1 sm 20. 41)

Quantos jônathas ainda existem por aí dispostos a fazer o que for preciso por Davi
que possamos ser como ele dispostos a abrir mão do trono se precisar por causa de um verdadeiro amigo

existem pessoas que não conseguem abrir mão de coisa alguma por uma amizade.
Do que você teria coragem de abrir mão por um amigo?
você consegue amar um amigo como Jônathas amou a Davi?

Acredito que quem encontra um amigo encontra uma jóia preciosa!
EM TODO TEMPO AMA O AMIGO;pv.17.17 a


um abraço!

val...